Dilma x Serra



E chega mais um ano eleitoral.

William Bonner diz "Boa noite" mais cedo, o jogo de quarta-feira termina mais tarde e o país fica um pouco mais poluído com os "santinhos" jogados na rua. Isso sem contar os 20 intermináveis minutos diários do Programa Partidário Obrigatório, que, se fosse tão interessante mesmo, nem precisaria ser obrigatório.

Enfim, é ano eleitoral. E neste ano, mais que uma disputa entre indivíduos e partidos políticos almejando o supremo poder da Terra Tupiniquim, teremos uma épica e intrínseca batalha entre duas correntes filosóficas econômicas. Dilma x Serra. PT x PSDB. Keynesianismo x Neoliberalismo.

Explico.

Nem todo o governo tem ambas características. O Governo Lula, por exemplo, aplica uma política de contensão inflacionária considerada conservadora ao mesmo tempo que basea-se nos pressupostos Keynesianos quanto ao consumo e renda, bem como em sua preocupação com o desenvolvimento de obras públicas e projetos sociais.

Já no governo tucano, tivemos a privatização de diversas empresas estatais como uma forte característica neoliberalista, mas não detectamos qualquer elemento relevante oriundo de uma intervenção do estado.

Em outras palavras, a ideologia do PSDB é visivelmente amparada pela Lei de Say, pelos conceitos fisiocratas de mercado e pela rejeição da política anticíclica, que no ponto de vista clássico seria uma rédea no desenvolvimento. O PT, ao contrário, adotou uma política intervencionista, dando um papel regulamentador ao estado baseado na teoria de John Maynard Keynes.

Portanto, não é incoerente afirmar que estamos diante de um momento ímpar na história política e econômica deste país. Temos a oportunidade de escolher se queremos ou não o estado em nossas vidas, se a política que está sendo adotada é o melhor caminho para o desenvolvimento e se a intervenção governamental na economia se faz mesmo necessária.

A decisão é nossa.

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